Lapa e Ximeninho; como passou a reviver.
- onordestino
- 5 de nov.
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Atualizado: 7 de nov.

Nas mudanças que ocorreram em nosso país; é natural as divergências. E logo procurei me adaptar às essas mudanças e a sobrevivência nos negócios, cujo em minhas observações percebi que um bairro se destacava entre os demais, como inspiração na Cidade do Rio de Janeiro, que ilustra o Brasil. Esse bairro se chama Lapa, a Lapa boêmia, poética e turística. Porém o seu lado boêmio estava desprestigiado ; ou melhor; em total abandono. Daí eu com minha inteligência e inspiração me projetei neste bairro maravilhoso na tentativa de transforma- lo em uma nova Lapa. E assim, com empolgação fiz aquele lugar se movimentar, com minha experiência, oferecendo em princípio meus trabalhos artísticos, culinários e culturais.
Quem não se lembra da minha pessoa se instalando na Av. Mem de Sá, 64, também no 84, da mesma rua, o bar 7 portas ? Pois bem foi aí neste local, que teve início a minha trajetória bem sucedida nesta localidade tão aconchegante. Depois do citado bar 7 portas expandi meus negócios até a Rua Joaquim Silva, 82, 84, 98, e 96, 97 e 97A, formando um centro comestível, a onde se inicia a tradicional Escada SELARON. Ali conheci JORGE SELARON, que era artista plástico, paisagista e reformista cultural, igualmente eu.
Ele e eu discutimos coisas que propiciasse aquele lugar. Um admirava o outro. E juntos acompanhávamos de perto, com grande interesse nas melhorias com nossos pareceres técnicos e inovadores.

Voltando ao número 64, da Avenida Mem de Sá resolvi reconstruir um prédio de dois andares que chamava atenção pelo seu valor histórico e imponência uma construção que havia desabado e seus entulhos se tornado um " lixão", cujo quem conheceu nunca consegue Imaginar que o mesmo voltaria a ser como antes, inclusive com sua fachada resturada semelhante à que existia, com todos os detalhes da construção anterior.
Eu como dito acima; sou escultor, construtor, paisagista e artista plástico: comprei o terreno do mencionado " lixão" e após pesquisar nos arquivos da Cedae, descobri o mapa que indicava que naquele local havia existido um prédio com as características mencionadas acima, e que o mesmo havia sido projetado pelo também artista plástico e construtor ELIZEU VISCONDE, um dos maiores projetistas, construtores e restauradores da modernidade, com obras em toda Europa e no Brasil, como a exemplo, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Porém é importante frisar que antes de eu iniciar a reconstrução da edificação recebi de JESUS CRISTO uma orientação divina dando conta de que eu deveria retratar no fachada do citado prédio a versão do princípio das coisas; a saber: A terra com seu sistema iniciando a vida; primeiro indicado por uma célula, que demonstra o desenvolvimento da mesma, por onde é possível se notar a existência de um tórax, que representa o oceano. E a formação das costelas no tórax, representando o continente, dando início ao nascimento de uma árvore no meio do continente, o ser vegetal.
Já o oceano, que é o pulmão; nota-se que os rins que havia representam a " Shel", um ser marítimo.
Desde o início do Mundo, o homem percebeu que precisa ser trabalhador, energético, positivo, consciente e seguro, e cujo a segurança é representada pela figura de um leão, indicando o ser animal. Para um homem dessa natureza, que muito trabalha está representado por um instrumento de trabalho: os birros da mulher rendeira. Conheci o artista plástico, paisagista e construtor Jorge Selaron, quando ele estava implantando o paisagismo na Escadaria. Eu preparava a recepção no restaurante e ao mesmo tempo fazia a fachada do prédio da Av. Mem de Sá, 64 e dava dicas a ele de como fazer dinheiro.
No entorno do restaurante em frente a Escadaria, coloquei painéis com figuras do Cristo Redentor, Pão de Açúcar, Vista Chinesa, Maracanã e Cascatinha, representando a capa do serviço fotográfico que criei e com isso ganhava dinheiro, com a venda de fotos.
Tendo em vista que uma coisa incentivava a outra. Isto posto que atraia turistas e animava a localidade. Inclusive nos painéis indicava a distância da Escadaria até o ponto indicado no mapa, com o valor de uma corrida de táxi. Era um serviço de utilidade pública.
Selaron buscou ainda a ajuda de um parceiro de nome Paolo, que também era artista plástico. Toda via Paolo, um cidadão inteligente e extraordinário, juntamente com sua esposa passou a explorar o trabalho fotográfico, para adquirir recursos, e deu certo. Depois dei uma ideia a ele para criar um suvenir, que poderia ficar melhor: eis que Selaron respondeu: "está bom".
Vale salientar ainda que a vida é uma luta intensa. E o homem nunca deverá deixar de lutar por seus objetivos, mesmo quando encontrar dificuldades, não deve desistir e sim buscar Deus, que indicará uma saída por mais difícil que seja a sua dificuldade.
Com término desta obra no número 64, da Av. Mem de Sá, no interior dela foi instalado uma casa de diversão, que é o que mais eu sei fazer. Logo em seguida continuei me expandindo em outros pontos da Lapa, como na Rua do Riachuelo, 49, e também na Rua João Pessoa, números 7 e 9 e depois adquirir o Amarelinho da Glória, atual Ximeninho da Glória e ainda o restaurante Massapê, na Av. Gomes Freire, com Rua da Relação e na Rua São José, número 8, que está em construção, aonde deverei instalar muito em breve 3 casas.
Como todos sabem em 1989, a Lapa estava paralisada, existia apenas duas casas tradicionais: o Capelas e o Bar Brasil.
Naquele vai e vem os demais comerciantes perceberam a minha movimentação e foram aos poucos se chegando e completaram os talentos deste grande bairro da Lapa.
A talentosa e famosa Teresa Cristina, que me ajudava inspirar poesia, em sua Instalação, o bar Sementes. Ali ficou um exemplo: eu e Teresa Cristina, como reformadores da Cultura da Lapa, tanto na boemia, bem como no Turismo.
Este é um pouco da história da Lapa e de seus personagens artísticos e culturais.






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